Nas últimas semanas, novos decretos de diversos estados e cidades do Brasil anunciaram flexibilização do uso de máscaras em locais abertos e fechados.
Na cidade de São Paulo, por exemplo, a decisão possui determinadas restrições.
Muito embora seja permitido não usar o elemento de proteção dentro de locais fechados, como escritórios e shoppings, ainda é obrigatório dentro de transportes públicos e estações de metrô e trens, locais onde encontramos concentrado o maior número de aglomerações da população diariamente.
Não apenas este decreto, mas muitos outros começaram a trazer a sensação de normalização de volta à sociedade.
Empresas passaram a retornar suas atividades presenciais em regimes híbridos e presenciais, porém muitas também mantiveram a decisão de permanecer com o novo modelo de trabalho: o home office.
Com a transformação digital, soluções de tecnologia permitiram que empresas levassem a inovação para dentro de suas operações.
Com a crise que se iniciou em 2020 e o distanciamento social, a transferência da operação para o home office trouxe diversos privilégios a inúmeros cidadãos brasileiros, porém, muitos ainda preferem participar de atividades presenciais, mesmo que tendo seus dias divididos entre 100% presencial e híbrido.
No blog de hoje, falaremos sobre a importância dos pontos de atenção com os colaboradores em tempos de COVID 19, e o que fazer quando um funcionário apresenta sintomas ou testa positivo para o vírus.
Afinal, a pandemia acabou?
Com tantos decretos e flexibilizações, é possível que as estatísticas nos enganem.
O fim das máscaras, reabertura dos comércios, população vacinada, retorno de grandes feriados e eventos presenciais podem instigar um pensamento coletivo de normalidade na população.
Mas a verdade é que a pandemia ainda não chegou ao fim. Entre 7 e 20 de março de 2022, o total de casos de COVID 19 registrados no mundo era de 24.158.460, e o fato deste número não seguir crescendo significa que ainda hoje há pessoas que são infectadas todos os dias.
Recentemente, na China foram registrados novos casos de morte por COVID 19, o que não acontecia desde Janeiro de 2021, porém um novo surto trouxe uma onda de preocupação para o país, que tomou como medida preventiva o Lockdown, levando 37 milhões de pessoas para dentro de suas casas.
Estes dados mostram que a pandemia está longe de chegar ao fim.
Em Janeiro deste ano, uma nova onda de casos trouxe preocupação para os brasileiros. A variante ômicron chegou em peso, com sintomas mais leves que o vírus tradicional, infectando grande parte dos brasileiros que, desta vez vacinados, puderam se tratar em sua maioria em casa.
Apesar de o vírus ser mais “leve”, ainda trouxe lotações aos hospitais e preocupações aos profissionais da saúde, que tornaram a pedir cuidado e distanciamento social, embora nenhuma medida tenha sido decretada.
Assim, surgiram as dificuldades: o que fazer quando seu colaborador em regime presencial apresenta sintomas de COVID 19? E quando o teste vem positivo?
O que fazer quando um funcionário apresenta sintomas de COVID 19
Recentemente foram confirmados dois casos de uma nova variante da COVID 19 no Brasil, a Deltacron.
Em junção com as novas medidas de flexibilização decretadas em diversas cidades do país, é importante se preparar para uma possível nova onda de casos do vírus no Brasil.
Por mais que a maior parte da população esteja protegida com até 3 doses de vacina contra o coronavírus, a doença ainda é altamente transmissível podendo levar a sintomas fortes de gripe e sequelas mais graves.
Com isso, empresas precisam se preparar em casos de contaminação por parte dos funcionários que podem estar sujeitos ao vírus em qualquer lugar.
Os sintomas são os mesmos que os de uma gripe, então uma dor de garganta já é sinal de alerta. Porém, entendemos que nem sempre é viável uma viagem ao pronto socorro em busca de um atestado apenas em nome de um mal estar movido por uma gripe.
A verdade é que neste caso, em momento de endemia, o home office é um grande aliado das empresas para manter a operação fluindo sem desfalques.
É importante compreender que cada pessoa tem uma reação diferente diante do vírus, portanto sintomas variam entre cada indivíduo. Quando um time foi exposto a uma pessoa que carregou o vírus, é possível que ela possa infectar outras 10.
E se essas 10 pessoas infectarem outras 10, a situação poderá se tornar uma grande bola de neve. É por isso que neste caso as lideranças precisam definir regras rápidas e flexíveis quanto ao regime de trabalho, definindo a possibilidade do home office assim que o primeiro sintoma for identificado.
Quanto a necessidade do atestado, regra para funcionários registrado dentro das regras da CLT, Erica Coutinho, uma advogada trabalhista do Mauro Menezes & Advogados, aconselha que empresas flexibilizam as faltas por conta da COVID-19 – isso porque uma ida ao pronto-socorro também pode se tornar um ato de irresponsabilidade sanitária visto que há a possibilidade de infectar outros ou, caso a pessoa só esteja com uma gripe branda, se infectar.
Uma última dica de qualidade é que mesmo com os decretos em relação às flexibilizações e máscaras, é importante que empresas saibam determinar suas próprias regras e optar pelo distanciamento social dos funcionários.
Caso optem pelo trabalho presencial, é importante realizar um planejamento de rodízio entre os colaboradores de maneira que seja possível haver espaço físico entre todos e, sempre ter máscaras de qualidade dispostas para seu time utilizar caso alguém não se sinta seguro em estar presente junto dos demais.
Essas são algumas dicas de como reagir em um momento tão incerto quanto este, onde a pandemia vive seus períodos de altos e baixos. Mesmo com flexibilizações, é importante nos lembrarmos que o cenário pode mudar a qualquer momento e que as variantes surgem trazendo novas necessidades de restrições.
Portanto, é sempre importante se preparar com um plano de contenção e em especial, poder oferecer mais segurança à sua equipe de trabalho, afinal, é ela a responsável pelo funcionamento da sua operação no fim do dia.