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Qual o melhor tipo de empresa para médicos?


A profissão de médico é uma das mais bem remuneradas no mercado. O principal motivo disso é a enorme demanda por bons profissionais que, quando descobertos, ficam sobrecarregados de pacientes.

Como possui formação técnica, esse profissional pode atuar como profissional liberal, ou seja, como autônomo, pessoa jurídica ou contratado em regime de CLT.

Uma das principais preocupações dos médicos são os impostos. Como o volume de movimentação financeira é alto, os profissionais ficam obrigados a cumprir com diversas responsabilidades fiscais e, por não terem formação na área, sentem-se perdidos no meio das alíquotas.

Neste conteúdo, vamos abordar os principais termos relacionados às empresas para médicos. Continue lendo e fique informado!

Como funcionam as empresas para médicos?

Embora podemos pensar que a medicina e o mundo empresarial são muito distantes, na verdade eles estão muito conectados, pois, de forma bem resumida, o exercício da medicina é um serviço vendido pelo médico.

Nesse sentido, os profissionais devem buscar formas de se manterem na ativa sem infringir as leis brasileiras, praticando a medicina de forma legalizada e dentro dos conformes.

As empresas funcionam justamente para permitir que isso aconteça — e ainda conseguem diminuir os impostos pagos pelo profissional.

Por que é importante cuidar da contabilidade para médicos?

Como o volume financeiro muitas vezes é alto, os médicos naturalmente entram nas maiores alíquotas da Receita Federal, quando atuam como autônomos.

Portanto, a Receita cobra diversas obrigações fiscais desses profissionais, de modo que a falta de documentos pode acarretar problemas legais para o médico.

Além disso, como os médicos não recebem formação em contabilidade, muitos acabam por cometer erros básicos de gestão, como misturar dinheiro da empresa com o pessoal, ou esquecer de pagar seus tributos em dia.

Aliás, cuidar da contabilidade também significa enquadrar sua atividade de forma adequada, de acordo com a lei. Quando bem enquadrado no âmbito fiscal, o médico consegue diminuir a carga tributária, além de conseguir simplificar diversos processos bastante complexos relacionados ao fisco.

Quais são os enquadramentos possíveis?

Indo direto ao ponto, o médico costuma montar uma empresa com base em um dos três enquadramentos mais comuns.

Mais Informações detalhadas sobre cada opção:

Microempresa

A microempresa é a favorita dos médicos que acabaram de sair da faculdade ou até pelos profissionais que atuam há algum tempo no mercado.

Como o próprio nome sugere, a microempresa é uma instituição bastante pequena, podendo faturar anualmente até R$ 360 mil — informações de 2023.

Muitos consultórios médicos são microempresas, costumeiramente contando com 2 funcionários CLTs.

Empresa de pequeno porte

A empresa de pequeno porte é um passo adiante da microempresa, pois permite um faturamento anual de R$ 360 mil até R$ 4,8 milhões.

Essa categoria costuma ser a escolhida na hora de abrir consultórios médicos mais sofisticados, ou então clínicas pequenas com um portfólio de serviços pequeno/médio.

Empresa de médio porte

Seguindo a lógica até o momento, a empresa de médio porte é bem maior que a empresa de pequeno porte. No caso, ela permite de 50 a 99 funcionários e um faturamento anual ilimitado.

Portanto, não é o enquadramento ideal para o médico que deseja atuar somente com sua área de especialização, pois seria muito difícil conseguir contratar 50 funcionários somente para isso.

Esse enquadramento é ideal para clínicas de médio porte, geralmente com vários médicos e serviços à disposição dos pacientes.

Quais são os regimes tributários?

Na seção anterior, falamos sobre o enquadramento da empresa; agora falaremos sobre os regimes tributários, ou seja, a forma como a receita vai cobrar impostos de sua empresa.

Em resumo, temos três regimes tributários previstos em lei:

Simples nacional

O simples nacional surgiu justamente para simplificar o pagamento de tributos e tornar a contabilidade mais acessível para os empresários.

Nesse regime, encontramos as menores alíquotas, além de uma agenda tributária muito simplificada, ideal para profissionais que trabalham com conta própria, como é o caso dos médicos.

O simples nacional é indicado para microempresas e empresas de pequeno porte, inclusive clínicas de pequeno e médio portes.

Lucro presumido

O lucro presumido não é indicado para médicos, pois já traz complicações sérias na hora de fazer a contabilidade da empresa, principalmente na hora de registrar todo o fluxo financeiro do negócio.

Em resumo, é um regime permitido para empresas que faturaram menos de R$ 78 milhões no ano anterior, e sua principal característica é tributar os valores brutos com base no tipo de serviço oferecido pelo negócio.

Algumas clínicas de médio e grande porte podem se beneficiar desse regime tributário, desde que tenham um ótimo controle fiscal interno.

Lucro real

O lucro real é aplicado somente em empresas que faturaram mais de R$ 78 milhões no ano anterior, ou que obtiveram rendimento de capital em países estrangeiros.

Como você deve imaginar, a complexidade fiscal é bastante grande, sendo recomendada apenas para empresas de grande porte, como redes de supermercado, franquias e industrias.

Ser autônomo, PJ ou CLT?

Em geral, a primeira escolha do médico é o autônomo, pois permite ao profissional receber um pouco mais que no regime CLT, dado que o pagamento de tributos costuma ser menor.

No entanto, vale a pena informar que cada opção tem suas vantagens e desvantagens.

Ser autônomo, por exemplo, permite ao médico trabalhar em vários locais sem grandes problemas, mas não garante estabilidade no emprego e em alguns casos paga-se mais imposto do que se tivesse sua PJ aberta.

Já na contratação CLT, o profissional fica refém, de certa forma, de seu empregador, dado que o contrato de trabalho traz diversos direitos e deveres. Em contrapartida, ter carteira assinada aumenta a estabilidade do profissional.

Por fim, atuar como PJ mistura as vantagens e desvantagens tanto da atuação como autônomo quanto como CLT: o profissional consegue obter certos benefícios ao passo que fica livre para atuar em quantos estabelecimentos desejar; porém, a estabilidade não é a mesma que a do CLT.

Ser PJ costuma ser a melhor opção para os médicos, dado que as alíquotas pagas são menores e o profissional consegue escolher o caminho de sua carreira.

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